O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior
número de línguas ameaçadas de extinção, segundo a nova edição do Atlas
Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado pela Unesco.
O Atlas, acessível a partir no site da Unesco, reúne 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.
Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.
Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.
O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia.O êxodo rural e a instalação de grandes empresas e multinacionais na região amazônica e nos Andes são os principais fatores externos que contribuem para o desaparecimento das línguas indígenas.
O Atlas indica ainda que as regiões da América do Norte, América Latina e Ásia concentram o maior número de idiomas em perigo.
A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China.
Todas as informações podem ser consultadas de maneira interativa no site da Unesco (www.unesco.org/culture/ich/index.php?lg=EN&pg=00136). Os internautas podem fazer pesquisas por país, categoria de risco ou nome da língua.
As línguas são classificadas segundo 5 categorias de risco : vulneráveis, em perigo, seriamente em perigo, em situação crítica e línguas mortas.
Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.
Fonte: http://www.unesco.org/culture/languages-atlas/en/atlasmap.html
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