Apresentação

O Forlibi surgiu da necessidade de unir as línguas brasileiras de imigração com o objetivo de instaurar um diálogo permanente entre estas comunidades linguísticas, e se propõe a ser um espaço de pesquisa, mediação e articulação política em variadas frentes para o fortalecimento das mesmas. Reunindo falantes e representantes das línguas de imigração e de instituições parceiras, tem como propósito delinear ações coletivas para a promoção das línguas nas políticas públicas em nível nacional.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Voz da colônia, radialista mistura português e japonês em programa

Voz da colônia, radialista mistura português e japonês em programa

Hashinaga começou no rádio
 em 1971 por hobby (Foto: Ariane Viana/G1)
Paixão pela música e pela comunidade mantém Paulo Hashinaga na ativa.

Ariane Viana
Do G1 Presidente Prudente

Há mais de 43 anos, o radialista Paulo Hashinaga se dedica ao trabalho diário em uma emissora de Presidente Prudentecom uma curiosidade: a junção da língua portuguesa e japonesa no mesmo programa. O trabalho começou como hobby em 1971 e fez, hoje, com que ele se tornasse uma espécie de porta-voz da comunidade nipônica no Oeste Paulista. O programa vai ao ar todos os dias, durante uma hora, e conta com assuntos de interesse da colônia, como eventos, notícias municipais e música popular japonesa.

A carreira do radialista começou a partir de um convite do amigo, o também radialista Kendi Sato. O profissional convidou Hashinaga para fazer uma participação na exposição agrícola na Associação Cultural Agrícola e Esportiva (Acae) em 1971.

“Nesse evento, eu comecei a ajudar na entrega dos prêmios e me mostrei interessado pela área. Foi, então, que perguntaram o porquê eu não fazia um programa, já que eu falava ambas as línguas. A ideia deu certo e amo o que faço até hoje”, contou o radialista nesta quarta-feira (18/06), quando são celebrados os 106 anos da imigração japonesa no Brasil.

Radialista é apaixonado pela música
 popular japonesa (Foto: Ariane Viana/G1)
Hashinaga relata ainda que, além do incentivo dos amigos, o que o mantém no ar diariamente é o fanatismo pela música. Paixão que vem antes mesmo do rádio e fez com que, nos anos 60, participasse de um grupo musical formado apenas por descendentes japoneses em Presidente Prudente. Ele tocava bandolim.

“Eu adoro música, tenho vários CDs, fitas, discos de música popular japonesa, então eu aproveito esse amor que eu tenho e divido com meus ouvintes”, disse.

Tanto tempo no ar é significado de sucesso para ele, que, com 82 anos, não pensa em desistir do trabalho. Ele comenta que todos os dias recebe ligações de toda a comunidade com elogios e sugestões sobre o programa em português e em japonês. “Gosto muito quando o público entra em contato comigo, isso me mantém ativo para fazer um programa melhor a cada dia”.

Em comemoração à chegada da imigração Japonesa no porto de Santos em 1908, o radialista fez um programa voltado a todos da comunidade, composto de celebração e muita música. “Fico muito feliz de poder ter um meio de contar um pouco sobre a história da chegada da imigração no Brasil e, hoje, fui ao ar transbordando alegria”, finalizou.

Nos anos 60, ele tocava bandolim em um grupo musical
 formado apenas por descentes japoneses (Foto: Ariane Viana/G1)
Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário