Apresentação

O Forlibi surgiu da necessidade de unir as línguas brasileiras de imigração com o objetivo de instaurar um diálogo permanente entre estas comunidades linguísticas, e se propõe a ser um espaço de pesquisa, mediação e articulação política em variadas frentes para o fortalecimento das mesmas. Reunindo falantes e representantes das línguas de imigração e de instituições parceiras, tem como propósito delinear ações coletivas para a promoção das línguas nas políticas públicas em nível nacional.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Parceria entre IPOL e IPHAN produzirá documentário sobre as memórias de receitas de comunidades de imigração em SC

Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário

Ana Paula Seiffert e Mariela Silveira durante o registro
 do depoimento de Dona Amélia Campestrini, falante
 de italiano. Blumenau, 2013. Foto: Peter Lorenzo -
Fonte: Blog Receitas da Imigração
O projeto Receitas da Memória, os sabores da imigração em Documentário, convênio financiado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - e executado pelo IPOL, através de Edital PNPI/2013, está com suas atividades a pleno vapor. 

Dando continuidade ao projeto Receitas da Imigração (ver blog aqui e canal de vídeos aqui), esta nova parceria entre os dois institutos prevê a realização de um documentário que abordará o caminho de sabores e memórias da imigração no Estado de Santa Catarina, apresentando ao público brasileiro a história de imigrantes e suas referências identitárias.

A condução do trabalho pretende dar relevância a aspectos da história, da memória e da língua dos imigrantes, tendo como principal fio condutor as receitas culinárias e seus pratos, os ingredientes, sabores e costumes, com o objetivo de contar a história na perspectiva do grupo de imigrante e assim valorizar e legitimar seus saberes e os modos pelos quais se transformaram de geração em geração na interação com outras culturas no Brasil. Procura-se, desse modo, contribuir para a promoção das comunidades de imigração, dando sustentabilidade às suas práticas culturais e linguísticas. 

O trabalho será realizado no Vale do Itajaí e do Norte do Estado de Santa Catarina, em municípios de colonização alemã, pomerana, italiana e polonesa, tais como Blumenau, Brusque, Indaial, Gaspar, Massaranduba, Timbó, Pomerode, São Bento do Sul, Rio dos Cedros, Benedito Novo, dentre outros onde as comunidades descendentes de imigrantes tratam de manter as línguas de imigração como língua materna e preservar saberes comuns daqueles grupos. O projeto contempla ainda a pesquisa em acervos, destacando-se o levantamento bibliográfico (livros, revistas, trabalhos acadêmicos) e iconográfico (imagens fotográficas, ilustrações, pinturas, arquivo fílmico) sobre a história da imigração no Brasil.

Fonte: E-Ipol

terça-feira, 15 de julho de 2014

População capixaba é composta por aproximadamente 145 mil pomeranos

A luta para manter viva a tradição

Patrik Camporez | pmacao@redegazeta.com.br
Fotos: Edson Chagas-GZ


Alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e
 Médio Fazenda Emílio Schroeder reivindicam o ensino
 da língua pomerana dentro da sala de aula.
Cerca de 145 mil descendentes germânicos vivem no Estado do Espírito Santo

A população capixaba é composta por aproximadamente 145 mil pomeranos, a maior parte deles concentrada em comunidades rurais de 13 municípios do Estado, onde vivem do cultivo da terra.

Para manter preservadas suas tradições e costumes, os descendentes germânicos resolveram se unir para, através de um ciclo de reuniões que acontece em todo o Estado, montar uma pauta com diversas reivindicações.

E a principal delas diz respeito a falta de políticas públicas voltadas ao campo, fato que tem levado cerca de 50 % dos jovens dessas comunidades a deixarem suas casas para trabalhar ou estudar em outras cidades, explica o pesquisador Irineu Foerste, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Municípios capixabas com maior concentração de pomerano (clique na imagem para ampliar) - Arte: Genildo
Somado a isto, a ausência de investimentos públicos na agricultura familiar tem dificultado a permanência das famílias pomeranas no campo, alerta o pesquisador, que ainda destaca: “A língua pomerana praticamente desapareceu na Alemanha e na Europa, mas é falada, aqui no Estado, como era falada, lá, há 150 anos. Esse é um capital cultural muito grande, que a gente precisa dar visibilidade”, aponta Foerste, que também faz parte da Comissão Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais.

A estudante Raquela Reetz mora em Santa Maria de Jetibá, tem 15 anos e só foi aprender português aos seis, ao ingressar na escola, já que a única língua falada pelos seus pais é a pomerana.

Moradores declaram amor pelos costumes locais:
 em Santa Maria de Jetibá, onde 80 % da população é descendente
 germânica, moradores têm orgulho de suas origens.
Por abrigar a maior concentração de descendentes no Estado, o município da Região Serrana foi escolhido para sediar a primeira reunião do ciclo de encontros, e Raquela aproveitou a oportunidade para fazer sua reivindicação. “Na minha escola estudo inglês, mas não estudo a língua que aprendi com os meus pais. Não tem como manter nossa tradição sem preservar nossa língua”, cobra.

A lista de reivindicações inclui ainda a cobrança por investimentos na agricultura familiar e melhorias na educação e saúde no campo. Para a pedagoga Vanilda Haese Dettmann, todas essas demandas têm, em comum, o objetivo de fortalecer a permanência do povo pomerano em seu território. “Estamos nos organizando melhor para que as políticas públicas sejam alcançadas. O objetivo é fortalecer a organização dessa cultura”, afirma Vanilda, que é uma das idealizadoras do movimento.

Casas no interior mantêm arquitetura tradicional:
de passagem pela comunidade Ilha Berger,
uma linda casa chamou a atenção da reportagem.
 Nela, mora Dona Maria.
No dia 10 de setembro, vai acontecer um encontro estadual, onde será elaborada uma pauta contendo as principais reivindicações feitas em cada região. Posteriormente, o documento será levado à Brasília. Ao todo, vivem no Brasil cerca de 300 mil pomeranos, metade deles em solo capixaba.

Origem
Os pomeranos são oriundos da antiga região da Pomerânia que, após a Segunda Guerra Mundial, deixou de existir no mapa europeu. Grandes desbravadores das terras capixabas, estabeleceram-se inicialmente na região das montanhas e, posteriormente, no final do século XIX e início do século XX, migraram também para o Norte do Estado, em direção ao Vale do Rio Doce.

Algumas escolas já contam com o ensino
 pomerano: Gabriel Kuster, 10 anos, aprende
 o pomerano em sala de aula, na comunidade
 São João do Garrafão. O avô comemora.
Falar a língua germânica vale no currículo:
 uma loja no Centro de Santa Maria de Jetibá  conta
com 20 funcionários, e todos falam pomerano com os clientes.





























Fonte: Gazeta Online

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ipol realiza formação de recenseadores para o censo linguístico do município de Antônio Carlos-SC

Ipol realiza formação de recenseadores para o censo linguístico do município de Antônio Carlos-SC

Rosangela Morello e Ana Paula Seiffert -
Foto: Peter Lorenzo
Nos dias 24 de junho e 1º de julho, aconteceu a formação dos recenseadores que atuarão no censo linguístico da cidade de Antônio Carlos-SC.

A formação, realizada no Auditório da Secretaria de Saúde do município, foi executada pelo Ipol - Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística, sendo ministrada por Rosangela Morello, coordenadora do Ipol, Márcia R. P. Sagaz, coordenadora técnica do censo, e Ana Paula Seiffert, linguista.

Também estavam presentes na formação Altamiro Antônio Kretzer, secretário de Educação e Cultura, Lucia Scussel, coordenadora de Cultura, e Irani Hipólito, da Secretaria de Saúde do município.

As 17 recenseadoras que estavam presentes na formação são agentes de saúde do município. Sempre muito entusiasmadas, participaram ativamente de todas as etapas da formação: sensibilização linguística, metodologia de coleta e, em especial, aplicação do questionário-piloto em alguns munícipes. Também propuseram ajustes no intuito de aperfeiçoar esse que é um dos principais instrumentos do censo, o questionário.

Márcia R. P. Sagaz apresenta o questionário-piloto do censo -
 Foto: Peter Lorenzo
A próxima etapa do censo linguístico será a formação dos digitadores, prevista para este mês. Já a coleta de dados iniciará em agosto.

Antônio Carlos e a língua Hunsrückisch
Localizada a 32 km de Florianópolis e com uma população de 7.906 habitantes, segundo o IBGE (2010), Antônio Carlos foi a primeira cidade do Estado de Santa Catarina a aprovar uma lei cooficializando uma língua de imigração, o Hunsrückisch. A cooficialização foi aprovada, por unanimidade, por sua câmara municipal, em 09/02/2010, depois de muitas reuniões e da realização de três audiências públicas.


Fonte: e-Ipol

domingo, 13 de julho de 2014

Curso de Talian em Três Palmeiras-RS

Curso de Talian em Três Palmeiras-RS

A Associação Italiani in Brasile de Três Palmeiras-RS promove um curso intensivo de "Talian", o dialeto  falado pelos imigrantes italianos no sul do Brasil.

O curso será ministrado pela professora Giorgia Miazzo de Veneza, Itália e terá duração de uma semana, do dia 17 ao dia 22 de agosto de 2014, no fim do curso o(a) aluno(a) ganha um certificado.

Gostaríamos que você participasse pois é uma oportunidade rara de ampliar seus conhecimentos com quem realmente entende do assunto.As vagas são limitadas garanta já a sua, o curso acontece todas as noites da semana anunciada e terá um curso total de R$ 120,00 por pessoa podendo ser reduzido conforme numero de inscritos. Os sócios em dia com a entidade pagam R$ 80,00.

Garanta agora sua vaga ou tire suas dúvidas ligando para (54) 9606-8941 ou (54) 8408-9178, ou ainda você pode enviar um email para: italianiinbrasile@hotmail.com .

Veja dois dos livros da professora que você poderá comprar durante o curso.